O deputado estadual Paulo
Corrêa promoveu reunião na tarde desta quarta-feira (25/09) no Plenarinho da
Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, para discutir formas de
incentivar crianças e jovens do Estado, selecionadas para estudar na Escola do
Teatro Bolshoi no Brasil, e afirmou que vai buscar o aumento dos recursosrepassadosao Fundo de Incentivo à Cultura (FIC), com o objetivo de destinar
parte do Fundo para manter estudantes de MS selecionados pela instituição
russa.
Durante a reunião a estudante
Sul-Mato-Grossense Cecília Bassetto, de 10 anos de idade, fez uma apelo
emocionante às autoridades do Estado. “Eu sei que nosso Estado tem condições de
abraçar um projeto maior pela arte e pela cultura e, oferecer às nossas
crianças mais essa oportunidade para que possam traçar novos caminhos. E que,
através da arte, da dança e da cultura, possam descobrir uma realidade melhor (…).
Sou uma das muitas filhas do Estado de Mato Grosso do Sul”, disse a menina.
Disposto a proporcionar a
mesma oportunidade obtida por Cecília a outras crianças de MS, Paulo Corrêa
afirmou que nos próximos dias vai se reunir com o governador do Estado, André Puccinelli,
para pedir auxilio financeiro. “Vamos solicitar ao governo do Estado aumento do
Fundo de Incentivo à Cultura, que hoje está em 5%. Esse projeto do Bolshoi é de
interesse de Mato Grosso do Sul. Em nome da cultura, em nome das crianças,
vamos solicitar isso ao governador”, disse.
O parlamentar, que é
presidente da Comissão de Turismo, Indústria e Comércio da Assembleia, garantiu
ainda que vai reunir os empresários para também solicitar ajuda financeira
destinada aos alunos do Estado, já que, as casas que abrigam os estudantes podem
ser mantidas tanto pelos Estados, quanto por ONG e instituições privadas.
Além de discutir a
possibilidade de incentivar o aumentar o número de alunos sul-mato-grossenses
na Escola do Bolshoi no Brasil, a representante da instituição Bernadete Costa,
também detalho durante a reunião como é o funcionamento da escola, a estrutura,
o processo seletivo, a inserção dos artistas no mercado de trabalho e as dificuldades
enfrentadas pela falta de recursos.
Segundo ela, a escola, que é
uma instituição privada sem fins lucrativos, foi implantada em 2000, com ajuda
do prefeito local e conta com 12 salas com pianos, cantina, centro médico,
biblioteca, laboratórios, entre outros. Os estudantes permanecem na instituição
por cerca de 8 anos, onde praticam em média 5 horas de atividades diariamente.
A grade de estudos conta com dança folclórica, dança contemporânea, danças populares
brasileiras, além de aulas de canto, instrumentos, dramatização, línguas,
maquiagem, e outras.
Os cursos técnicos oferecidos
são 100% gratuito, já que a missão da escola, considerada um projeto social, é
formar artistas cidadãos e promover a arte, cultura e educação. “Nosso alunos
são multiplicadores, disseminadores deste conhecimento e, depois de formados
poderão atuar em outros projetos sociais, nas comunidades de onde vieram”,
esclarecer Bernadete.
Segundo ela, o objetivo da
visita a Mato Grosso do Sul é abrir as portas da Escola do Bolshoi para os
alunos de MS. “Viemos esclarecer esta possibilidade de, assim como os outros
estados, Mato Grosso do Sul ter uma casa social para abrigar os alunos. Este é
o primeiro passo”, explicou.
O custo para um aluno se
manter na escola do Bolshoi varia em torno de R$ 1,3 mil a R$ 2 mil reais,
incluindo alimentação e gastos com roupas, aluguel e materiais de higiene.
Participaram da reunião a Diretora
do Ballet Auxiliadora e do Ballet Dom Bosco, Suzana Dalabane Leite, a Diretora Artística
do Só Dança da Escola Auxiliadora, do Ballet Dom Bosco e da Escola Nova
Geração, Glaucia da Silva, Juliana Aissa, representando o presidente da Fundação
de Cultura de MS, Américo Calheiros, e o prefeito de Antônio João, Celso Lozano,
o pais da aluna Cecília Bassetto, Adalton Garcia e Iara Costa.
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