Mais de mil pessoas prestigiaram o deputado Paulo Corrêa – candidato a reeleição – o governador do Estado André Puccinelli – também candidato a reeleição – e o candidato Waldemir Moka, que concorre ao cargo de senador, durante reunião política realizada no comitê do deputado Paulo Corrêa.

O encontro aconteceu no último dia 10 e contou com a presença de moradores dos bairros, Jardim Itamaracá, Coophatrabalho e Aero Rancho, entre outros. Durante a reunião Corrêa, Puccinelli e Moka explicaram à população seus objetivos e projetos, caso sejam eleitos.

Além de destruir lavouras, os javalis preocupam os órgãos ambientais e os produtores por outro motivo: a possibilidade de contrair doenças, contaminar os porcos criados para consumo humano, e com isso comprometer o mercado internacional que importa carne suína produzida em MS, causando grandes prejuízos para a economia do Estado. Esse foi um dos assuntos também discutidos ontem (23) na Audiência Pública “Perdas causadas pela proliferação desordenada de javalis em Mato Grosso do Sul”.

“Essa questão do javali vem nos preocupando principalmente em função das questões relacionadas à saúde animal da suinocultura de Mato Grosso do Sul, que hoje é volumosa e muito representativa nas questões econômicas e sociais aqui do Estado. Muito se discute a possibilidade do javali complicar o relacionamento do comércio internacional de carne suína”. Esclareceu o diretor de Operação da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (IAGRO), José Mario Pinese.

Segundo a técnica do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), Isabela Fiarlini de Azevedo, O javali é facilmente infectado, entre outras doenças, pela doença Aujesky. “Em situações de stress eles pode transmitir o vírus para outros animais”, explica. O javali pode ser acometido também pela Peste Suína Africana e pela Síndrome Respiratória Reprodutiva Suína (PRRS).

Isabela afirmou também que diversos países que importam carne suína do Brasil seguem normas sanitárias muito rigorosas, podendo suspender a importação por até seis meses, caso seja comprovado foco da Aujesky em MS.

A doença de Aujesky está na lista da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), com notificação obrigatória.

Mas não são apenas os porcos que podem ser contaminados por doenças transmitidas pelos javalis. A população também deve ficar atenta quanto ao consumo da carne do animal, já que para os humanos o javali pode transmitir doença como tuberculose e leptospirose, por exemplo.

Prejuízo Ambiental

O presidente do Sindicato Rural de Rio Brilhante, Leonardo Mendonça Thomaz, explicou que os javalis geram diversos problemas para o Estado. “Além dos prejuízos nas plantações de milho safrinha, nos preocupamos também com o prejuízo ambiental. Em alguns lugares não é possível mais encontrar tatus e cotias, por que estes animais são comidos pelos javalis”, relatou.

O Javali é uma espécie exótica, de hábitos noturnos e que vive em média entre 15 e 20 anos. A reprodução acontece normalmente uma vez por ano e cada fêmea pode gerar entre 12 e 15 filhotes por gestação. A espécie se prolifera de forma descontrolada e é resistente a doenças. Cada javali pode percorrer até 40 quilômetros em um único dia, o que também preocupa as autoridades porque pode migrar rapidamente para outras aéreas.

O representante do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Luiz Augusto Candido Benatti, disser que o javali é considerado, pela União Internacional de conservação da Natureza (IUCN) como uma das 100 piores espécies de exóticas invasoras, considerando o potencial de estragos que ele pode causar. “Invasões de javalis já foram registradas também no Paraná, São Paulo, Maranhão e Goiás, entre outros”, revelou Benatti.

Audiência Pública que discutiu “Perdas causadas pela proliferação desordenada de javalis em Mato Grosso do Sul”, realizada ontem (23), no Plenário da Assembleia Legislativa de MS, resultou em dois encaminhamentos que podem tranqüilizar os produtores rurais das regiões afetadas.

Um deles é a criação de um projeto de lei que deve proibir a criação do javali, e deverá ser criado pelo deputado estadual Paulo Corrêa, presidente da Comissão de meio Ambiente, presidente da Comissão de Turismo, Indústria e Comercio na Assembleia Legislativa/MS e propositor da audiência.

O segundo encaminhamento propõe elaboração de um decreto, ou um projeto de lei estadual, permitindo a caça de javalis nos municípios que enfrentam o problema. “Essa caça é estratégica, do ponto de vista da gente eliminar um risco eminente. É um animal exótico que influencia diretamente na fauna da do Estado”, justificou Corrêa.

O grupo será formado pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (IAGRO), Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), Associação Sul-mato-grossense de Suinocultores (Asumas), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (IMASUL), Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (FIEMS), Associação dos Municípios de MS (Assomasul), Comissão de Meio Ambiente da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil/Seccional Mato Grosso do Sul), Clube de Tiros de Dourados, Federação de Tiros de MS, Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembléia Legislativa, Exército Brasileiro – Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados da 9ª Região Militar – e sindicatos rurais de Campo Grande, Rio Brilhante, Douradina, Maracaju e São Gabriel do Oeste.

No próximo dia 5 de outubro, no plenarinho da Assembleia, o grupo deve realiza a primeira reunião para tratar sobre o assunto.

Denúncia

O deputado Paulo Corrêa participou na noite de ontem da abertura do III Congresso de Direito Público e o Procurador do Estado, que teve início nesta quinta-feira e foi finalizado hoje, no plenário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. Na ocasião o deputado recebeu os procuradores e demais participantes do evento.

A iniciativa é da Associação dos Procuradores do Estado de Mato Grosso do Sul – APREMS. O congresso contou com debatesrelacionados a temas jurídicos atuais, participação de palestrantes renomados, dentre eles o Presidente da Associação Nacional da Associação dos Procuradores do Estado, Dr. Juliano Dossena, que realizou palestra de abertura.

Participaram também do Congresso procuradores do Estado, juízes, promotores, desembargadores, advogados, autoridades municipais, federais, estaduais, acadêmicos e autores relacionados a comunidade jurídica. A finalidade foi promover debates científicos, ampliar o conhecimento e divulgar a carreira de Procurador do Estado.

Durante a sessão plenária desta quarta-feira (01), o deputado estadual Paulo Corrêa usou a tribuna para falar aos parlamentares sobre o trabalho que o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) vem desenvolvendo nas estradas federais que cortam Mato Grosso do Sul.

Corrêa falou também sobre o projeto de construção de uma ciclovia no município de Naviraí, trabalho que está sendo desenvolvido em conjunto com o DNIT e a prefeitura local, e que deve beneficiar mais de quatro mil funcionários que trabalham no frigorífico JBS e na empresa Infinity (antiga Usinavi).
Em Campo Grande a proposta é construir uma ciclovia nas proximidades da unidade do frigorífico JBS II.

“Muitos dos funcionários que trabalham nestas empresas se locomovem de bicicleta, e é um risco muito grande”, explicou. O deputado parabenizou também o superintendente do DENIT, Marcelo Miranda, pelos trabalhos desenvolvidos e pela iniciativa de colocar balanças de pesagem de veículos em alguns pontos do Estado.

“Parabenizo Marcelo Miranda por ter acatado o pedido de pesagem. As balanças já estão sendo colocadas em pontos estratégicos. Isso vai ajudar a preservar as nossas estradas. Hoje uma grande reclamação é a questão do escoamento da safra, e a forma do transporte tem que ser repensada, porque todas as estradas do nosso Estado estão arrumadas e por isso temos que cuidar”, alertou.