Voltar para notícias · 15 abril, 2015

Recursos hídricos de MS podem ser utilizados para atrair indústrias de forma sustentável, aponta audiência

Com muita água disponível e usada de forma correta, Mato Grosso do Sul pode utilizar os recursos hídricos para atrair novos empreendimentos e gerar mais vagas de emprego para a população. Essa foi a conclusão da Audiência Pública Vantagem competitivas do uso da água, que aconteceu hoje na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.

O proponente da discussão, deputado Paulo Corrêa explicou que decidiu realizar o debate ao perceber que as empresas que utilizam muita água no processo de produção estão fechando as portas em estados onde a falta de água já é realidade.

“Nós vimos São Paulo atingir o limite do Sistema Cantareira. Vimos o Espírito Santo decretar estado de emergência por falta de água e fechar indústrias que usam grande quantidade de água. Em Mato Grosso do Sul nós temos água em grande quantidade proveniente de várias fontes, como o Aquífero Guarani, maior reserva de água doce do mundo, e outras. Por isso, temos condições de atrair essas indústrias para nosso Estado para gerar emprego e renda com uso racional da água, responsabilidade social e ambiental. É isso que queremos mostrar com a realização dessa audiência”, explicou Paulo Corrêa. 

Coautor da proposta em conjunto com o deputado Paulo Corrêa, o deputado estadual Barbosinha também ressaltou a importância de mostrar as potencialidades hídricas de MS, mas respeitando a preservação ambiental. “Temos no Mato Grosso do Sul uma das maiores riquezas, as nossas águas, nossos rios, nosso Pantanal. E obviamente que isso traz, além do aspecto turístico, o potencial econômico. Mas, esse potencial econômico precisa ser explorado com parcimônia e equilíbrio do meio ambiente”, disse. 

Para o engenheiro civil e empresário ma área do eco turismo, Eduardo Coelho, que palestrou durante a audiência sobre a preservação dos rios de águas cristalinas, a exploração econômica deve ser feita respeitando os limites e as leis do Estado

“A região da Serra da Bodoquena tem pouca água e o município de Bonito está estudando uma legislação para proibir a retirada de água nos rios locais. Por outro lado, o Estado tem muita água proveniente de outras fontes, como o Rio Miranda. Essa audiência é importante porque temos sim que usar esses recursos hídricos”, falou. 

Já a engenheira civil, doutora em desenvolvimento sustentável e professora da UFMS, Synara Broch, que palestrou sobre gestão de recursos hídricos, a água disponível em Mato Grosso do Sul, é  a “galinha dos ovos de ouro” do Estado. Mas, apesar das vantagens competitivas, os principais desafios são falta de gerenciamento e planejamento. “Temos diferentes dispositivos para fazer isso”, garantiu ela, destacando que é possível sim usar a água como atrativo. “Temos disponibilidade hídrica tanto de poços superficiais quanto subterrâneos, que nos dão uma vantagem competitiva ao desenvolvimento com sustentabilidade. No entanto, nós temos ainda uma série de fragilidades e pontos a serem focados e ultrapassados para que realmente esse desenvolvimento seja sustentável. Temos muita qualidade e quantidade para os diferentes usos da água na indústria, irrigação e geração de energia elétrica”, afirmou. 

Além do cuidado com a economia e uso racional da água, a produção de energia é uma das grandes preocupações das autoridades competentes, já que o processo depende basicamente de água. É o que apontou em sua fala o diretor-presidente da concessionária Águas Guariroba, responsável pelo abastecimento da capital Campo Grande. De acordo com Jose João de Jesus da Fonseca, a utilização da água para gerar energia é um dos problemas a serem resolvidos pelo Brasil porque atinge diretamente as indústrias. 

“Campo Grande é uma das únicas capitais do Brasil onde há planejamento do uso da água e esgoto e plano de investimento. Estamos preparados para atender a demanda de todas as indústrias que tenham interesse em se instalar em Campo Grande e a demanda da população como um todo”, garantiu, informando que a concessionária oferece um projeto de rede de água e esgoto para o setor industrial. 

Ao final da audiência Paulo Corrêa afirmou que alguns dos encaminhamentos do debate serão: propor que todos os prédios públicos tenham sistema de captação de água da chuva, regulamentação de todos os poços semi artesianos e, por sugestão do empresário Eduardo Coelho, inserção nos folhetos publicitários do Estado das potencialidades hídricas de Mato Grosso do Sul para que os empresários de fora tenham conhecimento.  Outra sugestão apontada durante a audiência foi a avaliação ambiental estratégica do potencial hídrico do Estado. 

Compuseram mesa durante a audiência o engenheiro civil e empresário, Eduardo Coelho; a presidente da Comissão Meio Ambiente OAB, Helena Clara Kaplan; o secretário de Estado de Infraestrutura, Ednei Marcelo Miglioli; o deputado estadual Barbosinha; o deputado estadual Paulo Corrêa; o Diretor-presidente da MS Gás, Rudel Trindade Júnior; o superintendente Estadual do Ministério da Pesca e Aquicultura, Luiz Davi Figueiró; o diretor presidente da Águas Guariroba, José João de Jesus Fonseca e a professora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Synara Broch. 

Também participaram da audiência vereadores dos municípios de Rio Negro, Deodápolis, Nova Andradina, Aparecida do Taboado, Nova Alvorada do Sul, Campo Grande,

além do vice-prefeito de Terenos, Bira, representantes da OAB, Sanesul, Imasul, Famasul,  Fundação de Turismo, Secretaria de Produção, entre outros.

 

Deputado Estadual Paulo Corrêa

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