Voltar para notícias · 16 abril, 2007
O diretor do Sindicato das Indústrias de Ferro de Minas Gerais (Sindefer), Luiz Eduardo Furiati Lopes, apresentou números para mostrar que o setor não é responsável pelo desmatamento em Mato Grosso do Sul. A produção de carvão utiliza 30 mil hectares de florestas por ano, suficiente para 2 milhões de metros cúbicos. Mas a área desmatada no Estado fica em torno de 100 mil a 150 mil hectares. Na sua avaliação, as indústrias de siderurgia não são responsáveis por mais de dois terços do desmatamento.
Dos 2 milhões de metros cúbicos de carvão vegetal por ano, 700 mil metros cúbicos são consumidos no Estado e 1,3 milhão de metros cúbicos vendidos para o mercado de Minas Gerais. O total produzido no Brasil em 2006 foi de 35,1 milhões de metros cúbicos de carvão vegetal, sendo que 50% são de florestas nativas. Os maiores produtores são os estados de Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará e Espírito Santo.
O carvão vegetal vendido para as indústrias de ferro gera 119,5 mil empregos diretos e outros 589 mil indiretos. O Brasil responde por 50% da produção mundial de ferrogusa. Embora tenha a melhor tecnologia do mundo de reflorestamento, só responde por 2% do comércio mundial de madeira.
Em Mato Grosso do Sul, segundo Luiz Eduardo Furiati Lopes, as áreas de pastagens degradadas poderiam ser substituídas por florestas plantadas. Ele disse que a transformação de um milhão de hectares já alavancaria a economia sem impacto negativo para o meio ambiente.
IDEFS – Ele defendeu a criação do Instituto de Desenvolvimento Florestal Sustentável (IDEFS), proposto pelo deputado estadual Paulo Corrêa (PR). Lopes citou o exemplo de Minas Gerais, que criou, em 1962, o Instituto Florestal (IEF), que conta com 1,2 mil funcionários e orçamento anual de R$ 100 milhões. O órgão ainda planta 10 mil hectares de florestas por ano.
Para o diretor do Sindefer, faltam dados sobre o setor em Mato Grosso do Sul. Ele disse que as mazelas foram maiores no passado, sem citar o uso de mão-de-obra infantil nas carvoarias nos anos 90. Lopes destacou que o carvão vegetal é a forma mais limpa de energia usada pelas siderúrgicas. Ele disse que os problemas registrados em Ribas do Rio Pardo são coisas do passado.
Citou ainda a intermediação promovida pelas indústrias entre o Ministério Público e os produtores de carvão, com o objetivo de melhorar as condições de trabalho do setor.
Fonte: AL
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