A falta de água em várias regiões do Brasil está obrigando os estados a lacrar grandes empresas que dependem da água para produzir. O assunto foi tema hoje do discurso do deputado Paulo Corrêa durante sessão na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. De acordo com o parlamentar, que atua em conjunto com a Federação das Indústrias de MS na busca pela instalação de novas empresas, enquanto os outros estados estão vivenciando um racionamento, MS pode aproveitar o momento para atrair empresas que dependem de água para sobreviver. 

“O Estado do Espírito Santo ontem lacrou 17 indústrias. Por isso sugiro ao nosso Secretário de Desenvolvimento que estude esse assunto. Temos aqui no nosso estado a felicidade de estar em cima de praticamente dois terços do Aquífero Guarani. Está na hora da gente valorizar esse tesourou, com a possibilidade de utilizar essa água como uma vantagem para trazer empresas. Água não tem preço. Temos que bem utilizar, mas acima de tudo, preservar e valorizar esse bem”, afirmou. 

Paulo Corrêa destacou ainda que a energia também pode sofrer racionamento no s próximos meses, explicando que isso será ser um problema para o Estado. Em aparte, o deputado Marquinhos Trad apresentou os índices de reajustes já adotados por concessionárias de energia do estado de São Paulo. Segundo o parlamentar, os índices variam de 27% a 48%, classificando o reajuste como assustador. “A tendência em todo o Brasil é que o aumento seja acima de 30% para residências e 50% para empresas. Isso vai causar um efeito dominó. Vai impactar todos os setores”, disse Marquinhos. 

Ao final do discurso Paulo Corrêa sugeriu a realização de uma audiência pública para discutir o racionamento de água e a atração de novas empresas, confirmando que vai apresentar requerimento para que a discussão aconteça na Casa de Leis.