Voltar para notícias · 19 março, 2014

Paulo Corrêa quer integração com Bolívia e Paraguai para melhorar saúde na fronteira

Com
o objetivo de garantir a prestação dos serviços de saúde para as pessoas que
moram na região de fronteira entre Mato Grosso do Sul, Paraguai, e Bolívia, o
deputado Paulo Corrêa quer criar o médico de fronteira, um projeto que pode
beneficiar, além dos pacientes, médicos formados em universidades dos países
que fazem divisa com o Estado.

O
assunto foi tema hoje (19/03) do discurso do deputado Paulo Corrêa na tribuna
da Assembleia. O parlamentar anunciou ainda a realização de uma audiência
pública na Casa de Leis para discutir o assunto. Segundo ele, audiências sobre
o mesmo tema também serão realizadas no Paraguai, na Bolívia, nas cidades
sul-mato-grossenses que fazem fronteira com esses países e por último, na
Assembleia.

“Nosso
objetivo final é criar em Mato Grosso do Sul o médico de fronteira. Nós
precisamos de médico atendendo o povo e temos que criar essa possibilidade do
médico formado no Paraguai e na Bolívia atuar no Brasil e os médicos
Brasileiros também atuarem dentro do Paraguai e na Bolívia. Isso significa
integração”, explicou.

Durante
o pronunciamento Paulo Corrêa também defendeu a contratação de médicos formados
no Paraguai na atuar nas cidades do Estado, o que segundo ele, pode ser a
solução para falta de profissionais de saúde, uma realidade vivenciada por
muitos municípios do Estado.

“Têm
municípios que não conseguem contratar médicos para fazer o atendimento básico
para a população, o atendimento preventivo. Isso acontece porque a prefeitura
não tem pode pagar o salário exigido pelos médicos. Nós temos que resolver
isso. Pedro Juan Caballero tem cinco universidades de medicina de primeiro
mundo e eu visitei essas universidades. Mas, os médicos formados no Paraguai
não podem trabalhar no Brasil, porque precisam fazer o Revalida, porque a grade
curricular é diferente. Estamos sem médicos para atender a população das nossas
cidades enquanto temos muitos médicos do nosso Estado, formados nos países vizinhos.
Por que rejeitamos os médicos paraguaios e bolivianos e aceitamos os médicos
cubanos? Temos que discutir isso, achar soluções para trazer esses médicos para
as nossas cidades”, disse.

Paulo
Corrêa destacou que do total de alunos matriculados nos cursos de medicina do
Paraguai, quase 50% são de Mato Grosso do Sul e a proposta de fazer audiências
públicas visa também discutir salários pagos aos profissionais, o Revalida
(Exame Nacional de Revalidação de diploma de medicina) e outros problemas que
afetam a saúde pública no Estado.

Não
último final de semana Paulo Corrêa esteve no Paraguai para acompanhar as ações
do Grupo Onça Pintada, entidade que levou atendimento preventivo de câncer de
mama para as mulheres da fronteira entre Brasil e Paraguai. No total foram
realizados gratuitamente quase 500 exames em mulheres de Pedro Juan Caballero,
Capitán Bado e Ponta Porã. Na ocasião Paulo Corrêa se reuniu com estudantes dos
cursos de medicina do país e com representantes locais para discutir os principais
problemas enfrentados e se comprometeu a buscar soluções para melhorar a saúde
pública na fronteira e na defesa pelos profissionais de saúde formados no
Paraguai.

A
Audiência Pública “Saúde na Fronteira” está marcada para o dia 2 de junho, a
partir das 14 horas, no plenário Julio Maia, na Assembleia Legislativa de Mato
Grosso do Sul. Serão convidados para a discussão médicos, representantes do
Paraguai e Bolívia, deputados federais, estaduais, senadores, prefeitos e
outras autoridades.

Deputado Estadual Paulo Corrêa

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