Representando a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, o deputado Paulo Corrêa (PR), presidente da frente parlamentar pela indústria, participou no auditório térreo do Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande, do Encontro Empresarial sobre a Situação Atual e Oportunidades das PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas) em Mato Grosso do Sul realizado pela Fiems e a Aneel. O objetivo é incentivar novas implantações de PCHs, que são responsáveis pela geração de energia limpa e redução de custos de um insumo que, ainda hoje, é gargalo para a ampliação da atividade industrial no Estado.
Conforme destaca o presidente da Fiems, Sérgio Marcolino Longen, Mato Grosso do Sul já deu importantes passos em prol da redução de custos com energia e um deles foi a publicação, em abril, de três decretos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizando a instalação de linhas de transmissão no Estado. “As linhas, na divisa com Goiás e São Paulo, abrem novas frentes de desenvolvimento industrial, na medida em que viabilizam a construção de PCHs, além de permitir a construção de ramais para transporte da energia de biomassa”, pontuou.
Na avaliação de Longen, o empresário pode perfeitamente ser um investidor e consumir essa energia, zerando os custos e pagando apenas a transmissão, já que não é necessário que a PCH esteja próxima à empresa. Por isso mesmo, o evento na Casa da Indústria terá o mérito de fornecer todas as informações sobre implantação e até mesmo das linhas de financiamento para viabilizar o projeto.
Potencial
Atualmente, Mato Grosso do Sul tem em operação nove PCHs com capacidade de gerar até 30 MW (MegaWatts) por unidade, enquanto outras quatro já têm a autorização da Aneel para a implantação. As nove PCHs em operação são a Alto Sucuriu e Porto das Pedras (Chapadão do Sul), Aquarius (Sonora), Assis Chatobriant (Ribas do Rio Pardo), Buriti (Água Clara), Costa Rica (Costa Rica), Paraíso (Paraíso das Águas), Planalto (Cassilândia) e Ponte Alta (São Gabriel do Oeste).
Já as quatro que tem autorização para implantação são a Verde 4 e Verde 4 A (Ribas do Rio Pardo) e Indaiá Grande e Indaiazinho Grande (Cassilândia). Segundo dados levantados pelo consultor da Fiems, João Pedro Cuthi Dias, o Estado tem potencial para abrigar até 20 PCHs, gerando cerca de 600 MW de energia, o que atenderia a demanda entre as 17h30 e 19 horas.