Voltar para notícias · 23 abril, 2015

Paulo Corrêa divulga nomes e garante que CPI vai investigar se houve prejuízos ao consumidor

Após receber ontem (22/04) da ANEEL, em Brasília, documentos importantes para os trabalhos da CPI da Enersul/Energisa, o presidente da Comissão, deputado Paulo Corrêa, anunciou hoje (23/04) alguns dos nomes que receberam gratificações da Enersul no período investigado pela CPI e esclareceu que todos, encontrados até o momento no relatório da PriceWaterHouseCoopers (PwC), são apenas de executivos e pessoas que trabalhavam na concessionária. Paulo Corrêa afirmou ainda que, embora o diretor geral da ANEEL tenha garantido que as supostas irregularidades ocorridas na gestão não causaram aumento na tarifa de energia cobrada em Mato Grosso do Sul, a CPI vai continuar investigando as denúncias para comprovar se houveram ou não a cobrança indevida. 

Do total dos nove documentos solicitados por meio de ofício à ANEEL, oito já foram entregues à Comissão em formato digital, o que segundo o presidente, marca efetivamente o início das investigações da CPI. 

“Agora começa o trabalho da CPI, com documentos e dados oficiais. Mas não vamos nos contentar com essas informações. Pela primeira vez nós temos oficialmente o relatório da PwC. Até a próxima reunião da CPI vamos estudar tudo o que foi dito pelo diretor da ANEEL e o material entregue. Ele nos disse claramente ‘não tem nomes de políticos nesse relatório’. Todos os nomes são ligados à administração do Grupo. Essas pessoas são funcionários ou executivos, mas nós vamos continuar estudando e tornar público todos os nomes que aparecerem no relatório”, disse.

Paulo Corrêa explicou ainda, que além de negar os prejuízos, Romeu Rufino também esclareceu que os R$ 185 milhões transferidos da Enersul para outras empresas da Rede foram devolvidos posteriormente. “Ele afirma que não impactou a tarifa e que o dinheiro retirado da Enersul para outras empresas foi recomposto. Vamos investigar tudo isso, vamos atrás de provas e trabalhar com fatos e não com suposição. Na primeira CPI da Enersul também disseram a nós que não havia prejuízo e nós descobrimos que a ANEEL tinha errado. Naquela época fomos diligentes e conseguimos a devolução ao contribuinte em 36 vezes de R$ 191 milhões mais o congelamento da tarifa durante esse período. Da mesma forma vamos atuar nesse novo processo para saber se houve algum erro”, destacou o presidente. 

O relator da CPI da Enersul/Energisa, deputado Beto Pereira também contestou as afirmações da ANEEL e disse que a CPI vai continuar investigando se houve impacto na tarifa . “A Agência reguladora admitiu que prejuízos foram causados pela gestão do Grupo Rede à Enersul em Mato Grosso do Sul. Esses prejuízos foram impactantes à conta? Chegou ao bolso do contribuinte sul-mato-grossense?”, questionou em sua fala hoje durante a sessão plenária. 

Durante a sessão de hoje da Assembleia, Paulo Corrêa afirmou que já está estudando a documentação cedida pela ANEEL, anunciando que foram encontrados nas páginas já lidas os nomes de Carmem Campos Pereira, que era diretora-presidente do Grupo Rede no período investigado, Jorge Queiroz de Moraes Junior, dono do Grupo Rede, além de Sidney Simonaggio, Cyro Vicente Boccuzzi, Edmir José Bosso, Valdir Jonas Wolf , Carlos Alberto de Oliveira , Lucas Leandro Muller. Todos fazem parte da suposta lista com 35 nomes que recebiam gratificações.

A próxima reunião da CPI está marcada para terça-feira (28/04), às 16 horas, no Plenarinho da Assembleia Legislativa. A reunião é aberta à imprensa e à população. 

 

Deputado Estadual Paulo Corrêa

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