O deputado estadual Paulo Corrêa (PR) ocupou a tribuna da Assembléia Legislativa, durante a sessão ordinária desta quinta-feira, 11de setembro, para criticar o posicionamento do Governo Federal em relação à demarcação de terras indígenas em Mato Grosso do Sul.
O deputado defendeu os direitos dos índios e quilombolas, mas reiterou que a Constituição Federal também assegura o direito à propriedade. "Muitos donos de terras, que compraram àreas devidamente tituladas pelo governo, estão sendo tratados como bandidos, mas o bandido é o Governo Federal, que vendeu terras que não eram dele, isso é estelionato", declarou o deputado, reforçando que “se existe estelionatário aqui o Governo Federal é o maior deles”.
Paulo Corrêa propôs a instauração de uma ação civil pública contra a União e uma mobilização junto à bancada federal de Mato Grosso do Sul, "para evitar que a Constituição continue sendo rasgada […] Nós, parlamentares do Estado, temos que cada um mobilizar seus aliados da bancada federal, senadores, deputados federais, para que eles sim possam mudar alguma coisa lá em cima, tanto na questão indígena, dos quilombolas, quanto dos agentes penitenciários”.

O deputado se referia aí aos agentes penitenciários federais que visitaram a Casa de Leis em busca de apoio dos parlamentares contra o novo Plano de Cargos e Carreiras, que aumentou a carga horária dos agentes e diminuiu seus salários.