A
solução para os conflitos agrários em Mato Grosso do Sul envolvendo índios e
produtores rurais foi a principal reivindicação apresentada pelo presidente da
Fiems, Sérgio Longen e pelo presidente da Fecomério, Edison Araújo, ao
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante visita do petista a Campo
Grande nesta quarta-feira (13/11).

Em
resposta ao apelo, Lula afirmou que amanhã vai entregar a reivindicação
diretamente nas mãos da presidente Dilma Rousseff e também se mostrou preocupação
com a situação. “Todos nós perdemos com esses conflitos. Perdem os índios,
perdem os produtores, perde o Brasil. Todos nós temos a obrigação política de
encontrar uma solução”, destacou. Lula anunciou ainda que vai marcar uma
reunião entre a presidente Dilma e os senadores de Mato Grosso do Sul para discutir
o problema.

Outras
reivindicações apresentadas pelos presidentes das duas federações ao petista foram
a reforma tributária e a reforma na legislação trabalhista brasileira. Para o
presidente da Comissão de Turismo, Indústria e Comércio da Assembleia, deputado
Paulo Corrêa, a visita do ex-presidente ao Estado foi uma oportunidade para as
lideranças solicitarem ajuda para resolver os conflitos fundiários e outros
problemas que atingem o MS. “O presidente Sérgio e o presidente Edison
trouxeram essa discussão para dentro da Federação e esse é um momento muito
importante para Mato Grosso do Sul e para a nossa política, porque o Lula se
colocou como um porta-voz do Estado. Tenho certeza que ele vai poder contribuir
muito com a resolução dos conflitos entre produtores e indígenas e também em
muitas outras questões”, disse.

Durante
sua palestra direcionada aos empresários sul-mato-grossenses, que aconteceu no
auditório da Casa da Indústria, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou
do otimismo com que vê o crescimento registrado pelo Brasil nos últimos anos e
pediu para os empresários não desanimarem.

Lula
falou ainda sobre a redução do índice de desemprego do país, da possibilidade
dos bancos disponibilizarem empréstimos para a população, do aumento na
produção de grãos e de outros produtos e do aumento do consumo no Brasil,
principalmente entre as classes mais baixas. “O milagre que aconteceu foi fazer
as pessoas acreditarem que o Brasil poderia crescer”, disse.