Depois que a polícia federal divulgou o resultado a Operação Jaguar II, realizada este mês em Corumbá e que apreendeu couros e crânios de onças, couro de sucuri, galhadas de cervo e armas, além de imagens de “safáris” realizados no Pantanal, o deputado estadual Marquinhos Trad usou a tribuna nesta terça-feira para defender a criação de uma legislação ambiental em Mato Grosso do Sul.

Em aparte ao parlamentar, o deputado Paulo Corrêa afirmou que o assunto é de suma importância e lembrou o trabalho desenvolvido pela ONG (Organização Não Governamental) Pró- Carnívoro, que através do projeto Onça-Pantaneiro realiza o controle populacional das onças que habitam o Pantanal por meio de colares que são colocados nos felinos.

“Através dos colares eles controlam a vida das onças que vivem no pantanal e, quando estes animais matam alguma vaca o fazendeiro é ressarcido. É um trabalho muito bonito, mas que foi descoberto por pessoas que passaram a utilizá-lo de outra forma, com maldade”, explicou Corrêa.

Também em aparte ao deputado Marquinhos Trad, o deputado Pedro Kemp afirmou que o novo Código Florestal, que vem sendo discutido pela sociedade em geral, deveria conter um capítulo destinado apenas ao Pantanal. “O Pantanal tem que ser mais cuidado”, disse.

Durante o pronunciamento Marquinhos falou sobre a instalação de siderúrgicas e carvoarias na região do Pantanal, e que podem prejudicar a fauna e flora do local. “Enquanto a Mata Atlântica e a Amazônia estão sendo 100% preservadas, aumentou em 100% o desmatamento no Pantanal. Precisamos resguardar o Pantanal e adotar caminhos pela preservação”, concluiu.