Após a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciar oficialmente reajuste de 17, 5% na tarifa de energia elétrica em Mato Grosso do Sul, o deputado estadual Paulo Corrêa usou a tribuna, durante sessão planária desta quarta-feira (06), para se posicionar contra o reajuste e afirmar que vai recorrer da decisão.

Ontem uma Comissão Especial formada por Corrêa e outros quatro deputados foram à Brasília participar da votação sobre reajuste da tarifa. Juntos os parlamentares argumentaram sobre a necessidade de redução do índice proposto pela Enersul, no entanto, a Aneel votou a favor do aumento.

Hoje Corrêa explicou que apesar da Enersul ter o direto de reajustar a tarifa, já que isto está previsto no termo de concessão, o aumento vai prejudicar todos os consumidores, pois atinge o setor econômico do Estado.

Em 2007 a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Enersul, presidida pelo deputado Paulo Corrêa, resultou na devolução de dinheiro, cobrado indevidamente pela empresa, aos consumidores, além de congelar a tarifa, que não sofreu reajuste nos últimos três anos.

Agora, segundo Corrêa, os 17,5% de reajuste é resultado desses três anos de acumulo, já que nesse período a Enersul se comprometeu a não aumentar a tarifa. “A nossa tese é que essa taxa de 17.5% seja dividida entre os 16 anos que faltam dos 30 de concessão da Enersul. Isso resultaria em um reajuste de cerca de 1,5% em média ao ano somado ao reajuste anual”, explicou.