O Conselho de Consumidores da Enersul
realizou ontem (28/06), no auditório da Unaes, a primeira audiência pública do
ano, que contou com a presença do deputado estadual Paulo Corrêa, presidente do
Colegiado de Eficiência Energética, do empresário e presidente do Concen, Sérgio
Longen, além outros membros do conselho, representantes da Enersul e consumidores.

Em sua fala Paulo Corrêa pediu atenção
com os valores que são cobrados pelo kWh. “O consumidor paga um valor muito
auto pela energia em Mato Grosso do Sul, e isso tem que ser revisto, porque em
outros países o kW já custa mais barato”, disse.

Já o presidente do Consen e presidente
da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), Sérgio Longen,
afirmou que o alto custo de energia no Brasil deve aos impostos que são
agregados no valor final, ressaltando que o trabalho do Concen esta pautado no
plano de ações e metas do conselho, que busca conscientizar a população sobre o
uso racional da energia, que resulta na preservação ambiental.

“Mato Grosso do Sul tem um custo de
energia elevado, sendo que 45% do custo da tarifa de energia são impostos. Para
redução desse custo é necessário a redução dos impostos”, disse.

O presidente do Instituto Acende
Brasil, Cláudio Sales, também falou sobre os impostos, afirmando que do valor total
cobrado, 25% são para a geração de energia, 6% para a transmissão e 24% para a
distribuição. “É fundamental que a sociedade compreenda essa matemática para
que possam reivindicar e entender de forma correta o porquê de uma tarifa de
energia tão alta”, falou Sales.

Já o vice-presidente da Enersul,
Cyro Vicente Boccozzi, afirmou que a exemplo de outros países, o Brasil deve
procurar meios para reduzir a carga tributária. “Existem soluções e medidas para a
problemática, mas é preciso que essa cobrança de impostos seja revista. Com uma
conta de energia mais barata, o consumidor e o empresário poderão obter outros
bens de consumo”, disse.