Voltar para notícias · 04 fevereiro, 2016

Em primeira reunião do ano, CPI ouve delegado da Polícia Civil e Comandante da PM

Na primeira reunião de 2016 da Comissão Parlamentar de inquérito que investiga a “ação/omissão do Estado de Mato Grosso do Sul nos casos de violência praticados contra os povos indígenas, entre os anos de 2000 e 2015, foram ouvidos o delegado da Polícia Civil Roberval Maurício Cardoso Rodrigues e o Comandante Geral da Polícia Militar, Coronel Deusdete Souza de Oliveira Filho.

A reunião aconteceu na tarde desta quinta-feira (04/02), no Plenário da Assembleia Legislativa de Mato Groso do Sul e contou com a presença de todos os membros da CPI, deputados Paulo Corrêa, Mara Caseiro, João Grandão (Presidente), Antonieta Amorim (Relatora) e Professor Rinaldo. 

Primeiro a falar, o delegado Roberval Maurício entregou à CPI um relatório das ações da Polícia Civil e destacou que 95% dos atos violentos registrados nas aldeias têm ligação com álcool e drogas. Ainda segundo ele, nos últimos anos houve redução dos números de assassinatos, sendo que 83% dos casos foram solucionados pela polícia. 

Ao questionar o delegado, o presidente da CPI, deputado João Grandão, afirmou que vem recebendo inúmeras denúncias de indígenas sobre a falta de policiamento ostensivo nas aldeias, o que foi negado pelo delegado. “Ainda temos uma dificuldade em atuar nas aldeias, não investigar, mas sim de acessar, por resistência dos próprios índios. Mas, se nós não tivéssemos efetivamente investigando, não teríamos esses números”, disse o delegado. 

Já o Comandante Geral da Polícia Militar, Coronel Deusdete, iniciou seu depoimento afirmando que entre 2007 a 2016 a Polícia Militar realizou 2167 ações nas aldeias indígenas de Mato Grosso do Sul. “Hoje a PM trabalha muito com ações preventivas dentro das aldeias e está muito presente”, garantiu.

De acordo com ele, os municípios de Japorã, Dourados, Caarapó e Amambai lideram o ranking de homicídios nas aldeias. “Álcool e drogas estão mudando a realidade cultural desse povo”, disse, destacando que atualmente muitos foragidos da justiça procuram as aldeias para vender drogas para os índios 

Deusdete também disponibilizou os dados para a CPI. A próxima reunião da Comissão está marcada para a quinta-feira (11/02). 

 

Deputado Estadual Paulo Corrêa

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