A fim de defender a geração de cerca de 3 mil empregos, o deputado estadual Paulo Corrêa (PR) amparou a construtora Plaenge das acusações promovidas na sessão desta quarta-feira (03), na Assembleia Legislativa. Foi insinuado que os estragos nas ruas Ceará e Ricardo Brandão, em Campo Grande, ocorridos no último sábado (27), quando 80mm de chuvas em 90 minutos caíram sobre a cidade, são culpa da empresa, que possui edificações próximas ao local.
Em contra partida, baseado nos conhecimentos adquiridos através da sua formação em engenharia civil, Paulo Corrêa explicou que as construções feitas pela Plaenge são amparadas pela Lei do Uso do Solo, aprovada pela Câmara de Vereadores de Campo Grande, e que, sendo assim, não seria correto apontar a empresa como a causadora dos danos.
Na oportunidade, o parlamentar aproveitou para lembrar que os projetos da construtora Plaenge totalizam menos que 1% da área ocupada na Bacia do Prosa/Sóter e que, portanto, não poderia causar todo o impacto apontado. Como exemplo, o parlamentar argumentou que o empreendimento próximo a rua Ceará abriga 400 famílias, e por ser um projeto vertical causa menos impacto no solo do que 400 famílias habitando em residências térreas.
O deputado revelou que agora, acima de tudo, será necessário uma análise profunda a respeito da forma de escoamento das águas, pois, como tem sido revelado, as chuvas estão vindo com cada vez mais força. “É necessário que se faça a reanálise da Lei de Uso do Solo. Precisamos ainda adaptar o sistema de escoamento de água, as chuvas atípicas que têm caído nacidade e, ao que tudo indica, devem perdurar. Precisamos sim nos readaptar”, revelou.
Para finalizar,ainda solicitou uma audiência pública para discutir com técnicos do setorsobre os fatos ocorridos e as providências a serem tomadas para a prevenção de novos incidentes como estes.