Após quase duas horas de reunião, os integrantes da CPI da Enersul decidiram apresentar como contra-proposta que a concessionária de energia reduza em 5% a conta de energia elétrica dos consumidores de baixa e alta tensão nos 73 municípios atendidos pela empresa em Mato Grosso do Sul. O índice será apresentado pelos deputados estaduais aos diretores da Enersul na próxima terça-feira, às 15 horas, na Casa de Leis.
A diretoria da Enersul ofereceu 1,5% de redução da conta de energia e alguns deputados da CPI informaram que o índice ideal seria de até 15%, mas acabaram fechando em 5%. No entanto, os parlamentares ainda não definiram como será formatado o acordo, se em forma de TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) ou por meio de projeto de lei a ser votado pela Assembléia Legislativa.
O deputado estadual Paulo Corrêa (PR), presidente da Comissão, defende um projeto de lei. “Um projeto de lei é inquestionável”, ressaltou.
Os integrantes da CPI da Enersul também vão propor à concessionária de energia que forneça um caminhão com uma bancada de medidores de energia para o Inmetro com capacidade de fazer 20 aferições simultâneas. Segundo Marquinhos Trad, a idéia é atender as reclamações dos clientes que entenderem que a conta está muito alta e suspeitarem do medidor de energia.
Outra proposta que será sugerida à Enersul é que a empresa deixa a receita líquida de um mês pelo menos sete dias em uma conta bancária do Estado e não um dia como é hoje para render dividendos a Mato Grosso do Sul. “O rendimento de sete dias do faturamento mensal da Enersul habilita o Estado a receber financiamento da Caixa Econômica Federal para mais três mil casas”, explicou Corrêa, informando que a empresa arrecada R$ 100 milhões por mês e isso renderia R$ 25 milhões em sete dias.
