Voltar para notícias · 24 julho, 2007

CPI ouve diretor-executivo da Enersul

Durou cinco horas o primeiro depoimento à CPI da Enersul, feito pelo diretor-executivo da empresa, Jorge Manuel Moreira Martins. Ele respondeu a questionamentos feitos pelos cinco membros da Comissão e, na maior parte de suas respostas, fez referência ao respaldo da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para os procedimentos da Enersul.

De acordo com o presidente da CPI, deputado Paulo Corrêa (PR), a oitiva do diretor da empresa, “numa conversa educada e amigável”, representou grande avanço para os trabalhos da CPI. “Ainda temos muito que levantar e devemos ouvir mais pessoas”, adiantou o deputado, ao confirmar que ficou agendada reunião entre os deputados que compõem a CPI e os diretores da Enersul para esta terça-feira (24), às 14h, na sala de reuniões da presidência da Assembléia Legislativa.

Questionamentos – Entre os questionamentos a que Jorge Martins respondeu durante seu depoimento, grande parte teve como tema a qualidade do atendimento aos clientes, prejudicado, segundo avaliação relatada pelos deputados, pelo fechamento de escritórios nos municípios que é, de acordo com dados levantados pela CPI, um dos itens que mais gera reclamações.

A ausência de escritórios de atendimento no interior foi o foco das questões formuladas pela deputada Dione Hashioka (PSDB). O deputado Paulo Duarte (PT) perguntou a respeito da estrutura e da localização do Call Center da Enersul e questionou ainda a cobrança do seguro contra ligações clandestinas. O diretor da empresa disse que a Enersul dispõe de Call Center com capacidade para o trabalho de 40 atendentes e, sobre o seguro, voltou a alegar a autorização da Aneel para tal cobrança.


Jorge Martins também respondeu a perguntas sobre os salários pagos aos diretores da empresa que, na maioria, não residem em Mato Grosso do Sul. De acordo com ele, esses diretores prestam serviço às três empresas da holding Energias do Brasil (Enersul em MS, Bandeirante em SP e Excelsa no ES) e, dessa forma, a remuneração dessas pessoas seria rateada entre as diferentes concessionárias.

O deputado Youssif Domingos (PMDB) iniciou seus questionamentos com uma pergunta que classificou como óbvia: “Tem como a Enersul baixar o custo da energia?” Em resposta, Jorge Martins falou sobre o papel do órgão regulador (Aneel) na composição das tarifas, e disse que há conversações junto ao governo do Estado no sentido de modificar a situação.

A outra pergunta, sobre a situação econômica da empresa, Jorge Martins respondeu que o superávit da Enersul em 2006 foi de apenas 5%, quando o contrato de concessão do serviço permitiria até 10%. Os 5% de lucro referentes ao ano passado equivalem a R$ 50 milhões.

Ao final da audiência, a secretaria da CPI contabilizou onze requerimentos do relator, que visam solicitar à Enersul diversos tipos de informações, desde relatórios sobre a ampliação de redes até o detalhamento de processos de doação de redes privadas e relatório de devoluções em dinheiro feitas aos usuários nos últimos dez anos. O prazo para o atendimento a essas solicitações deve ser um dos temas em discussão na reunião entre deputados e diretores da empresa marcada para a tarde desta terça-feira.

Deputado Estadual Paulo Corrêa

Copyright 2021 © Paulo Corrêa - Deputado Estadual | Todos os direitos reservados | Design por Argo Soluções

Localização

Palácio Guaicurus | Av. Desembargados José Nunes da Cunha,
Parque dos Poderes - Bloco 9 - Jd. Veraneio.
CEP:79031-901 - Campo Grande – MS