Voltar para notícias · 13 outubro, 2015
O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), deputado estadual Paulo Corrêa, repudiou hoje (13/10/2015) durante reunião da Comissão a frase que vem sendo usada em campanhas e repetidas por diversas pessoas de que a soja e a carne de MS têm sangue de crianças indígenas. “A soja e a carne de Mato Grosso do Sul têm o supor dos produtores rurais”, defendeu.
O parlamentar disse ainda que vai apresentar uma moção de repúdio na Casa de Leis. “Quero repudiar essa frase que já está se espalhando por aí. Não aceitamos isso e não podemos deixar barato essa falsa afirmação. Também não podemos deixar barato a atitude do Ministro da Justiça que veio aqui no nosso Estado e gritou com uma produtora rural que tem título da terra”, destacou.
Paulo Corrêa disse ainda que a culpa pelos conflitos de terras ocorridos no Estado é do governo federal e não de produtores ou índios. “Se existe algum erro ele ocorreu quando no ainda Estado do Mato Grosso, antes da divisão, foi dito que o produtor poderia comprar essas terras. Eles compraram e têm títulos legítimos. Se querem fazer direito têm que desapropriar e não expropriar”, finalizou o relator.
A CPI foi criada para investigar a atuação do CIMI junto às comunidades indígenas em Mato Grosso do Sul e na reunião de hoje contou com a presença e declarações do sociólogo e jornalista Lorenzo Carrasco e o jornalista Nelson Barretto.
Presidente da CPI, deputada Mara Caseiro voltou a afirmar que o objetivo da Comissão não é apenas investigar se foram cometidos crimes ou não pelo CIMI. “Queremos apenas a verdade. Não queremos imputar crime a ninguém sem que ele tenha acontecido”, garantiu.
Hoje os membros da CPI ouviram dois estudiosos dos conflitos indígenas e demarcação de terras, o jornalista Lorenzo Carrasco, que é autor do livro Quem manipula os povos indígenas contra o desenvolvimento do Brasil, coautor dos livros Máfia Verde: o ambientalismo a serviço do governo mundial e Máfia Verde 2: ambientalismo, novo colonialismo e o jornalista Nelson Barretto, autor dos livros Revolução Quilombola e Tribalismo Indígena: Ideal Comuno-Missionário para o Brasil no século XXI: 30 anos depois.
Em sua fala Lorenzo Carrasco falou da tese da Igreja com a participação financeira de grandes grupos para tentar desestruturar a produção nacional e afirmou que apesar de ter sido criado para atuar em defesa dos povos indígenas, hoje não cumpre mais o seu objetivo, já que segundo ele está ligado a diversas entidades ONGs que buscam outros interesses.
Contra a demarcação de terras, o Jornalista Nelson Barreto afirmou em sua fala que a CPI do CIMI é uma iniciativa história e deve ser destaque nacional, já que o Estado é o primeiro a investigar o Conselho Indigenista.
Também participaram da reunião o deputado Marquinhos Trad (PMDB), que é o vice-presidente e os membros Pedro Kemp (PT) e Onevan de Matos (PSDB), além do presidente da Assembleia Junior Mochi (PMDB) e o deputado Zé Teixeira (DEM).
Para as próximas oitivas serão convidados os produtores rurais Ricardo Augusto Bacha, Jucimara Barbosa Bacha e Vanth Vani Filho, o Delegado de Polícia Federal Aucídio de Souza Araújo e o Reitor da Universidade Católica Dom Bosco Padre Ricardo Carlos.
A próxima reunião vai acontecer na terça-feira (20/10), no Plenário Julio Maia, na Assembleia Legislativa.
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