As fortes chuvas que atingiram Mato Grosso do Sul nos últimos 12 dias, causaram, além de alagamentos e destruição de pontes e estradas, prejuízo de cerca de R$ 1 bilhão para produtores rurais do Estado.

Isso porque, grande parte das lavouras de soja foram completamente destruídas. De acordo com o deputado estadual Paulo Corrêa, que na sessão de hoje (10) usou a tribuna para falar sobre o assunto, os principais municípios atingidos foram São Gabriel do Oeste, Sidrolândia, Rio Brilhante e Maracaju.

Preocupado com a situação Corrêa afirmou que vai cobrar providências dos órgãos responsáveis e propôs a realização do levantamento dos prejuízos para ser enviado ao Governo Federal. “Gostaria de cobrar posição da Famasul e dos sindicatos rurais dos municípios, para que possamos elaborar nesta Casa, uma solicitação, não de negociação de dívida, mas sim o ressarcimento do produtor rural ou que as dividas desses produtores sejam perdoadas”, explicou.

Corrêa sugeriu ainda que o Governo Federal faça o ressarcimento dos 17% de ICMS que o governo do Estado iria arrecadar com a produção. “Eu entendo que o produtor rural do Estado de Mato Grosso do Sul foram prejudicados em função das mudanças climáticas. É um fator externo de produção o que aconteceu com ele”, concluiu.

Para o deputado Marcio Monteiro outro problema enfrentado pelos produtores, além da destruição das lavouras, é a falta de estrutura necessária para o escoamento da produção. “É ineficiente a estrutura que os governos deveriam dar para os produtores, tanto no armazenamento, como na logística de transporte. Ontem (09) saiu sol e todos os produtores colhendo e fazendo um esforço para aproveitar o dia de colheita. Agora qual é o problema? Mais de 30 quilometro de fila de espera no porto Paranaguá, as nossas rodovias sem condições de escoar e os nossos armazéns também sem condições de receber isso de uma vez só”, disse.

Já o deputado Lauro David falou sobre o prejuízo que a chuva causou aos pequenos produtores rurais. “Não podemos esquecer que essa mesma situação climática que afetou o grande produtor, retirou do pequeno produtor até a subsistência dele. Eles necessitam também de auxilio temporário do Estado, mesmo que esse auxilio seja financiado”, propôs.