Reunião realizada na tarde de ontem, no Plenarinho da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul debateu possíveis soluções que resolvam os problemas causados pelos javalis em diferentes municípios do Estado.

No encontro estiveram presentes o deputado Paulo Corrêa, presidente da Comissão do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia, a secretária de Estado de Desenvolvimento Agrário da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo de MS, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, a assessora da Famasul, Janaina Bogamini Picrler, a médica veterinária e representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) Isabela Fiarlini de Azevedo e o representante do IBAMA Luiz Augusto Candido Benatti, além de representantes de outros órgãos e entidades interessados no assunto.

Todos fazem parte de um grupo de trabalho formado durante uma Audiência Pública realizada no último dia 23 de setembro, onde os participantes, entre eles membros de sindicatos rurais, expuseram os danos causados pelas manadas de javalis em lavouras de MS.

Na reunião desta terça-feira, os participantes retomaram as discussões, mas com o objetivo de tomar medidas emergências. Uma das propostas é proibir a criação de javalis, o que será possível através de um projeto de lei que esta sendo desenvolvido pelo deputado Paulo Corrêa, e que deve ser apresentando durante a sessão plenária de amanhã (8).

O grupo decidiu ainda marcar uma nova reunião, que vai acontecer na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur), no próximo dia 14 de outubro às 14h, ocasião em que será discutida uma resolução para delimitar estratégias que serão aplicadas nos municípios mais afetados pelo proliferação de javalis.

O deputado Paulo Corrêa citou a necessidade de se fazer o controle da espécie, já que os javalis estão prejudicando também a fauna e a flora do Pantanal. “Não podemos deixar que um animal exótico acabe com a biodiversidade do Pantanal” afirmou.

Para Tereza Cristina o problema dos javalis deve ser resolvido em duas partes. “Temos que tomar medidas emergenciais e desenvolver um plano em longo prazo”, explicou. Segundo a secretária, é necessário desenvolver ações primeiramente nos municípios mais afetados, como região da Grande Dourados, que abrange 12 cidades. Essas localidades serão utilizadas como laboratório para as primeiras ações.