Voltar para notícias · 29 junho, 2012

Brasil não deve intervir nas decisões do Paraguai, afirma Paulo Corrêa

O
impeachment do ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo e a postura do Brasil
frente às decisões tomadas pelo País Visinho foi tema ontem (28) do discurso do
1º secretário da Assembleia de Mato Grosso do Sul, Deputado Paulo Corrêa,
durante sessão plenária.

Paulo
Corrêa afirmou que a retirada de Lugo do poder aconteceu de forma correta, já
que o Paraguai seguiu todos os critérios determinados pela sua constituição. “O
Paraguai tem suas leis, tem a sua forma de agir, tem a sua constituição e deve
ser respeitada enquanto nação. O que a gente viu no processo do impeachment do ex-presidente Lugo, conduzindo o vice-presidente ao
poder, foi uma coisa absolutamente legítima. Houve um caso específico e a Câmara
Federal e o Senado Federal se pronunciaram. Cabia ao presidente, que era o
presidente Lugo, se submeter a esse julgamento, e se ele tivesse renunciado
teria pensão vitalícia de senador, se recusou a renunciar, a câmara pediu, o
senado pediu, porque havia falha de comando no país, e eles fizeram o tal do
impeachment express, mas são as leis do país paraguaio”, justificou.

Para o
parlamentar, o Brasil deve se preocupar apenas em manter uma boa relação com o
país de fronteira, uma vez que existem diversos acordos entre Brasil e Paraguai,
que garantem qualidade de vida para a população das duas nações. “Não temos que
discutir coisa interna de outros países aqui. É a mesma coisa do Paraguai querer
se meter aqui para discutir o que a presidente Dilma esta fazendo ou deixou de
fazer. Somos irmãos e a maior colônia paraguaia do Brasil está em Campo Grande.
Nós devemos respeito ao povo Paraguaio. O governador, Angio Ramires, do
distrito de Amambai, me ligou ontem e pediu para que eu falasse isso, até por
que nós temos relações excedentes com o Paraguai”, destacou.

Em
aparte, o deputado Junior Mochi também afirmou que as ações tomadas pelo
Paraguai foram legais. “Por mais incrível que possa parecer e por mais surpresa
e perplexidade que causou a nós, a forma foi efetivamente respeitando o que
dispões a constituição do Paraguai. O nosso aqui é um processo extremamente demorado,
mas é o que a legislação assim dispõe, os prazos fixados no Brasil, a
instauração do procedimento legal para a deposição do presidente aqui demora
seis meses, um ano. Não é o caso do Paraguai, lembrando que a deposição foi por
maioria absoluta. Cada País tem a sua soberania, a sua legislação e no Paraguai
ela foi respeitada”, disse.

Ao
final sua fala, Paulo Corrêa lembrou que o Brasil deve ter prudência, como
aconselhou o senador Antônio Russo ao falar sobre o assunto, garantindo assim
parceria entre os dois países. “Paraguai é o Paraguai e o Brasil é o Brasil e
as duas nações se respeitam e, seja quem for o presidente, Paraguai tem que
conversar com o Brasil e a nossa presidente deve respeito à constituição do
nosso país que diz que tem que ser feita as boas relações com os países
vizinhos”.

Deputado Estadual Paulo Corrêa

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